A Cultura Visual por Ricardo Campos

Ricardo Campos foi o convidado do Seminário Permanente de Cultura Visual que se realizou na tarde do dia 20 de outubro na sala de atos do ICS e que contou com casa cheia. O investigador do CICS-Nova tem vindo a estudar a questão do graffiti e centrou a sua apresentação no conceito de Cultura Visual, procurando defini-lo e questionar algumas metodologias.

No início da apresentação, Ricardo Campos referiu que “a comunicação visual é um ecossistema muito vasto” e que a sua abordagem ao graffiti o levou “a questionar como é a comunicação da cidade”. De acordo com o investigador, “temos que olhar a cidade como um artefacto visual”, sendo esta encarada como um “texto”, um “discurso” passível de tradução. Segundo Ricardo Campos, “este discurso é um instrumento de poder” e, portanto, “é alvo de negociação”. Neste contexto, existem “linguagens marginais” como é o caso do graffiti, tido para o investigador como uma construção social.

Numa conversa sobre o seu percurso enquanto investigador, Ricardo Campos referiu ainda que “hoje em dia um smartphone é suficiente para pesquisas de campo” e que “o investigador não tem que ser um tecnólogo”. Ricardo Campos falou ainda nos contrastes entre urbano e rural, físico e virtual.

A iniciativa inscreveu-se no projeto Passeio, Plataforma de Arte e Cultura Urbana, do CECS.

 

Texto: Sofia Gomes

Fotografias: Vítor de Sousa