Como se escreve a vida da cidade? O que permanece e o que dissolve na rotina aglutinadora do espaço urbano? A 11 de Março serão lançados Notas do Quotidiano 2 – Passagens na vida urbana, da autoria da Passeio, a Plataforma de Arte e Cultura Urbana do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, e O Crespos, de Adolfo Luxúria Canibal, com ilustrações de José Carlos Costa. Ambas as publicações inscrevem os detalhes das cidades na escrita.
O livro da Passeio – editado pelas coordenadoras do projeto, Helena Pires e Zara Pinto-Coelho – recolhe ensaios decorrentes de um trabalho de campo iniciado em 2017 e concluído em fevereiro de 2021. São perto de quatro dezenas de ensaios, de Braga a Detroit, passando por Barcelona, com ênfase na cultura e arte urbana, que estão disponíveis em acesso aberto. Nestas notas do quotidiano, tanto pode caber o S. João, como os grafitti ou o comércio tradicional. De acordo com as editoras, na introdução ao livro, este oferece um mosaico de pequenos fragmentos da vida quotidiana urbana e decorre do “ensejo de pôr em comum”.
Também O Crespos se dedica ao tema da passagem e da permanência, neste caso, da vida de uma personagem que “há exatamente trinta e quatro anos, seis meses e sete dias” se senta na mesa da Brasileira, como se pode ler na sinopse do livro, editado pela Porto Editora. Entre os rituais tantas vezes repetidos e as mudanças repentinas na cidade, o autor questiona: “O que fica de nós, quando já cá não estivermos?”.
O lançamento de ambos os livros são um pretexto para uma reflexão sobre “Os diferentes registos de escrita da cultura e vida urbana”, numa conversa a realizar na Livraria Centésima Página, em Braga, com a presença dos autores, e mediada pelos escritores Valter Hugo Mãe e João Habitualmente.
Quando? 11 de março, 18h00
Onde? Livraria Centésima Página, Braga
Mais informações em www.passeio.pt