CECS comemora Liberdade de Imprensa com lançamento de think tank

O CECS assinalou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, dia 3 de maio, com o lançamento do seu think tank, Communitas, em forma de debate.  O evento, que decorreu na Sala de Atos do ICS da Universidade do Minho, contou com a presença do diretor do CECS, Moisés de Lemos Martins, dos investigadores Joaquim Fidalgo e Jean-Martin Rabot e do representante do Theatro Circo, Paulo Brandão.

Com transmissão em direto no Facebook do CECS, o lançamento do Communitas deu força aos objetivos enunciados pelo diretor do CECS de “desenvolver a capacidade crítica dos cidadãos no sentido de reforçar a capacidade humanitária e de criar condições para reforçar o sentido de comunidade”. Moisés de Lemos Martins salientou que “todos os membros do CECS podem alimentar” esta ferramenta que é o think tank.

Luís António Santos, diretor-adjunto do CECS e um dos investigadores responsáveis pelo Communitas, apresentou o projeto e o debate, começando por referir que este think tank tem como objetivo “promover a reflexão em torno da comunidade”. No debate procurou-se discutir questões como a liberdade de imprensa, as noticias falsas e o que é a verdade.

Jean-Martin Rabot deu inicio à conversa referindo que não sabe “se o falso prejudica a liberdade” e afirmando que “a verdade pode ser encontrada no silêncio”. O sociólogo acredita que “não somos mais capazes de fazer a seleção entre o verdadeiro e o falso” e que “o excesso de informação pode matar a informação”. Ainda quanto à verdade, Jean-Martin lembra que “cada grupo tem a sua pequena verdade. Já não há uma verdade única, mas sim uma multiplicidade de verdades”.

Joaquim Fidalgo deu seguimento ao pensamento de Jean-Martin Robot e acrescentou que “pior que pouca informação é demasiada informação”, pelo que “o ruído do excesso de informação é a floresta que, em vez de nos dar a ver, dá-nos a esconder”.

Com um ponto de vista diferente, focado na liberdade do indivíduo, Paulo Brandão deu o seu contributo afirmando que “esta filtragem que temos necessidade de fazer só cabe a cada um decidir”.

Em consonância com o espírito de abertura do conhecimento produzido na universidade à comunidade, o debate tem também expressão online na página do think tank e acolherá comentários e opiniões até ao final do mês de maio.