Trajetos Comunicantes é um projeto artístico que elege a escuta como uma prática sensorial que promove a reflexão e a experimentação. Integrará o programa artístico da Capital Portuguesa da Cultura Braga25.
As constantes alterações no território, impostas pelo crescimento urbano, obrigam-nos a procurar sistemas de mobilidade eficientes, ecologicamente responsáveis, que ajudem a criar alternativas ao transporte individual e voltem a conceder-nos o “direito à cidade”. Os transportes coletivos são espaços públicos com características próprias, integram a vida das cidades e dos seus habitantes e,por isso, são também uma forma de participação na vida coletiva. Os autocarros, concretamente, são também lugares de encontro com “o outro”, onde nos podemos deixar embalar num interstício de espaço-tempo propício à introspeção e imaginação.
O projeto tem por base os conceitos de mobilidade, território, património, paisagem, espaço público e comunidade, abrindo vias de criação no campo sonoro e também no pensamento associado a esta temática. Consideramos o som como uma linguagem essencial e uma fonte de informação sobre o mundo que nos rodeia, mas também como uma ferramenta crucial para estimular a imaginação e a expressão artística.
Os principais parceiros são o grupo de investigação Audire (CECS) e a TUB – Empresa de Transportes Urbanos de Braga. Entre março e setembro de 2025, serão apresentadas obras sonoras no interior dos autocarros desta rede, sendo também disponibilizadas online. Associada aos conteúdos sonoros, está também prevista uma publicação de ensaios escritos subordinados à temática do projeto e aos próprios conteúdos sonoros.
Convidamos investigadores e comunidade académica em geral à apresentação de ensaios escritos e peças sonoras, através de uma chamada de trabalhos a decorrer até 17 de fevereiro de 2025. As peças sonoras devem ter duração de 3 a 15 minutos, em qualquer dos seguintes géneros: arte radiofónica, paisagem sonora, documentário, instalação, rotas áudio e composição musical. Os ensaios escritos deverão ter um máximo de 5000 caracteres. Ambos os formatos- peça sonora e ensaio escrito- devem ser trabalhos originais, sejam inéditos ou já publicados.
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