A Genética Forense aplicada às Ciências Sociais e às Ciências da Vida foi a temática que conduziu os três dias da Conferência Internacional “Contemporary Challenges to Forensic Genetics in Society”, organizada pelo projeto do CECS: Exchange. Em entrevista, Helena Machado, coordenadora do projeto e investigadora do CECS, fez um balanço positivo do evento, assim como anunciou algumas ideias para próximos eventos do projeto.
Nos últimos anos, houve uma expansão das possibilidades oferecidas pela identificação humana fornecida pela Genética Forense, baseada na expansão de bancos de dados de ADN para identificação criminal e civil e na inovação tecnológica baseada na fenotipagem do ADN forense e no maciço sequenciamento paralelo da genética forense. Investigações no âmbito dos estudos sociais começaram a explorar o desenvolvimento e a implementação de tais tecnologias emergentes, das controvérsias societais, científicas, legais e éticas relacionadas.
A conferência, que decorreu entre os dias 12 e 14 de novembro, teve como objetivo reunir e colocar em diálogo profissionais e académicos que trabalham nesses diferentes campos, sendo um dos principais objetivos envolver a sociedade de forma mais ampla nos discursos e atividades de pesquisa, fornecendo espaços discursivos para debates em múltiplas perspectivas. Isto significa, em particular, explorar boas práticas que possam ser aplicadas na governança e na formulação de políticas, com base no respeito pelos direitos humanos, transparência e confiança pública.
Os diferentes painéis tiveram a participação de especialistas de diferentes origens disciplinares – desde Ciências Sociais, Ciências da Vida, polícia e estudos de Direito – e incluíram: desafios atuais do intercâmbio transnacional de dados de ADN, desafios à Ciência Forense europeia, Genética Forense e propósitos humanitários, privacidade e privacidade, Engajamento Público, Tecnologias Emergentes, Genética Forense e Racismo.
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