“Jornalista: profissão ameaçada”

"Jornalista: profissão ameaçada", de Felisbela Lopes, professora do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho e investigadora integrada no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS-UMinho), foi lançado no dia 27 de maio, ao fim da tarde, na livraria da Editora Alêtheia, responsável pela publicação da obra. O livro foi apresentado pelo presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Carlos Magno.

Resumo do livro:
Hoje a profissão de jornalista está ameaçada por diversos lados. Por uma crise económica que muitas vezes coloca em causa a independência das redações. Por fontes hegemónicas que querem tomar de assalto o espaço mediático. Por quadros legais que desamparam o jornalista na sua procura de informação. As redações sentem tudo isto, como documentam os depoimentos de 100 jornalistas portugueses reflectidos nesta obra.
Neste contexto, nós, enquanto cidadãos, temos a obrigação de colocar no espaço público as linhas vermelhas que frequentemente são violadas. Esse debate, urgente, está por fazer. Todavia, a hora não é para discursos fúnebres, mas para olhar de frente as dificuldades, encarando-as como uma oportunidade para instituir uma nova fase na profissão.
Neste livro, enunciam-se alguns problemas que afetam a profissão e apontam-se caminhos alternativos, desfiando os jornalistas a reinventarem processos produtivos de notícias e a se reinventarem enquanto profissionais. Para que o jornalismo tenha futuro.

Índice
I – Jornalistas sob pressão
II – Liberdade de imprensa em risco face a empresas jornalísticas demasiado concentradas no lucro

1 – Pluralismo e concentração dos media: como conciliar duas realidades opostas?
2 – Os donos dos media em Portugal
2.1 – Principais grupos mediáticos que detêm projetos editoriais
2.2 – Outros grupos mediáticos
3 – Alguns constrangimentos que as organizações impõem aos jornalistas
3.1 – Fusão de redações e multiplicação de trabalhos por várias plataformas
3.2 – Criação de uma determinada rede noticiosa
4 – Quando o maior obstáculo à liberdade de imprensa é o dinheiro
III – Liberdade de imprensa em risco face à hegemonia das fontes do poder dominante
1 – O incalculável poder das fontes de informação
1.1 – Fontes de informação e jornalistas: uma dança em que as fontes marcam o passo
1.2 – A ditadura dos fontes organizadas
2 – A força de uma opinião declinada por uma confraria
2.1 – Exigências do espaço social que a TV constrói
2.2 – TV informativa controlada por uma confraria que impõe o poder dominante
3 – Quando o maior constrangimento à liberdade de imprensa está nas fontes
IV – Liberdade de imprensa em risco face a campos sociais que procuram controlar os jornalistas
1 – Os espartilhos das leis que os jornalistas tentam contornar
1.1 – Direitos dos jornalistas sob ameaça
1.2 – Deveres que os jornalistas não conseguem cumprir
1.3 – Segredo de Justiça: um dever que os jornalistas têm o direito de violar
2 – Entre a informação e as emoções
2.1 – Campanhas eleitorais: por uma outra cobertura mediática
2.2 – Futebol: um campo de pressão alta
2.3 – Religião: a dificuldade de conjugar o transcendente com o imediato
3 – Quando o maior obstáculo à liberdade de imprensa está num jornalismo em mutação
V – Jornalistas: vias alternativas para uma profissão mais livre
1 – Por uma promoção do pluralismo e da transparência
2 – Por um espaço público mediatizado sem confrarias
3 – Por uma classe jornalística que reinvente o seu futuro