No âmbito da iniciativa "Guimarães 2013 – Cidade Europeia do Desporto", realizou-se no dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), uma Conferência de Jornalismo Desportivo, a cuja organização o CECS está associado. O evento destinou-se a focar a relação entre o jornalismo e o fenómeno desportivo, promovendo o debate entre jornalistas, treinadores e investigadores. Contou com alguns dos principais rostos nacionais da área e uma série de reputados académicos, procurando apresentar as várias perspetivas sobre o tema. O evento encerrou com uma tertúlia em que participou Vítor Baía e que foi moderada por Carlos Daniel.
A Conferência de Jornalismo Desportivo pretendeu fomentar o debate em torno da relação sempre problemática entre o mundo do desporto e os média. A discussão ocorreu em três momentos e dimensões distintas, com uma manhã inteiramente dedicada à reflexão académica e científica sobre ética no jornalismo desportivo, história, a pressão mediática e a comunicação institucional dos clubes. Investigadores das universidades do Minho, Coimbra e Porto debruçaram-se sobre as principais problemáticas que a comunicação social e os protagonistas desportivos enfrentam nos seus quotidianos. "O Desporto e os Média: olhares cruzados", foi o tema do pailnel, cuja moderação pertenceu a Luís António Santos, investigador do CECS e contou com a participação de mais dois investigadores deste centro de investigação: Joaquim Fidalgo, cuja intervenção versou sobre "Ética no Jornalismo Desportivo" e Paulo Salgado, que falou sobre "A Comunicação Institucional dos Clubes Desportivos". Joaquim Fidalgo explicou que, uma vez que mexe com as emoções, o Jornalismo Desportivo contém "zonas de risco". Assumiu como "entorses" na profissão o "jornalista pé de microfone, o jornalista correia de transmissão, o jornalista paparazzo, o jornalista de cachecol e o jornalista das fontes anónimas". Concluiu referindo que "há muita controvérsia em torno do termo crónica nos jornais desportivos", não sendo claro o termo no Jornalismo Desportivo pois muitas vezes não é explícito tratar-se de uma reportagem ou artigo de opinião. Já Paulo Salgado focou-se na relação entre o futebol, reputação e estratégias de comunicação. Frisou que a transmissão televisiva trouxe novas receitas para os clubes. Até então, estas eram provenientes apenas das bilheteiras e da publicidade. Neste âmbito, destacou também a importância da presença na Champions League, considerando-a "vital para a sobrevivência dos clubes". Por último, Paulo Salgado refletiu sobre a necessidade que os clubes têm em definir uma identidade, criando uma missão, visão e valores para que estes se diferenciem entre eles.
O programa da tarde reuniu na mesma mesa, jornalistas, diretores e editores de desporto da TSF, "O Jogo", "Jornal de Notícias", "Jornal Desportivo de Guimarães" e "Rádio Santiago". "Jornalismo Desportivo em Portugal: O que se faz, como e para quem?" foi o mote para o debate. A Conferência de Jornalismo Desportivo terminou à noite com uma tertúlia aberta ao público em que Vítor Baía falou sobre "Pressão Mediática no Desporto" numa conversa moderada pelo jornalista Carlos Daniel (RTP).
O evento foi aberto por Moisés de Lemos Martins, diretor do CECS, contando com intervenções de Luís António Santos (que moderou o painel "O Desporto e os Média: olhares cruzados"), Joaquim Fidalgo ("Ética no Jornalismo Desportivo") e Paulo Salgado ("A Comunicação Institucional dos Clubes Desportivos"), todos investigadores do CECS.
A coordenação do CECS neste evento coube ao investigador Luís António Santos.
O evento foi seguido a par e passo no Facebook do CECS:
http://tinyurl.com/arn3vyc
Vìdeo-resumo:
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Toda a informação sobre o evento:
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