Ao longo de três dias, entre 13 e 16 de abril, investigadores de todo o espaço Ibero-americano em Ciências da Comunicação discutiram na Universidade do Minho (UM) os desafios que se colocam à internacionalização da investigação nas línguas portuguesa e espanhola. Um deles prende-se justamente com a afirmação destas línguas como alternativas credíveis para a reflexão crítica nesta área científica, num quadro em que a língua inglesa se destaca como um ambiente natural do conhecimento.
Para discutir várias destas questões, foram organizadas várias sessões plenárias, tais como: Política Científica, Publicação e Internacionalização; Língua, Globalização e Interculturalismo e Agenda Ibero-Americana de Investigação em Comunicação.
Ao todo, passaram pelo congresso mais de 700 participantes, vindos maioritariamente do Brasil (aproximadamente 60% dos presentes), Portugal (pouco mais de 20%), da América Latina (México, Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile, Peru, Equador e Porto Rico), da Europa (Espanha, Alemanha, Polónia, Lituânia, Itália, e Suécia) ou mesmo de África (Moçambique e São Tomé e Príncipe).
Além dos participantes, registou-se a presença de mais de 30 elementos da Comissão Organizadora, de 80 voluntários e de cerca de 30 convidados. No programa científico constavam aproximadamente 800 comunicações, distribuídas por 20 sessões temáticas.
O congresso contou ainda com um animado programa social, entre uma noite de fado sambado, com a presença de Maria José Cunha e dos seus músicos, o jantar oficial do congresso na Quinta do Xisto e um passeio a Guimarães.
Fazendo um balanço do evento, o presidente da Confibercom, Moisés Martins, congratulou-se com o "congresso expressivo", sublinhando novamente que "entre as maiores expressões do ser humano estão o pensamento e cultura, que só podem ser ditas na sua plenitude pelas línguas maternas".
O III Congresso Mundial da Confibercom está agendado para 2016, em Madrid.
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Fábio Ribeiro
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