A consolidação de redes de cooperação em língua portuguesa no III Congresso Internacional sobre Culturas

O CECS-Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, organizou, entre os dias 23 e 25 de novembro, o III Congresso Internacional sobre Culturas: Interfaces da Lusofonia. O evento contou com cerca de 300 comunicações e seis mesas plenárias de debate científico, envolvendo quase trinta convidados. O debate em torno das mais variadas temáticas – políticas culturais e de comunicação, diversidade cultural, literacias, redes de cooperação, cultura popular e lusofonias – primou pela qualidade dos trabalhos apresentados e pelas parcerias estabelecidas.

Tendo participado investigadores nacionais da área das Ciências Sociais e Humanas de praticamente todas as universidades portuguesas e um número considerável de investigadores brasileiros, sobretudo da Bahia, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, o III Congresso Internacional sobre Culturas contou também com um número significativo de participantes de Moçambique (Universidade Eduardo Mondlane, Escola Superior de Jornalismo, Universidade Politécnica e Instituto Superior de Artes e Cultura). Dos países de língua oficial portuguesa vieram também angolanos e cabo-verdianos. Da Europa, participaram investigadores de Espanha, Inglaterra, Alemanha, Holanda, França, Inglaterra, entre outros países.

Este constituiu um momento de discussão e reflexão sobre a diversidade das culturas no espaço lusófono, tendo-se estabelecido uma rede de cooperação científica neste espaço de língua portuguesa e uma estratégia de internacionalização, assente nos repositórios digitais de acesso aberto do conhecimento.

Além disso, foi inaugurado o Museu Virtual da Lusofonia que tem como principal objetivo a promoção do conhecimento por parte dos países lusófonos das suas inúmeras formas de expressão artística e cultural.

O Congresso, onde foram apresentadas cerca de 300 comunicações, pretendeu aprofundar um debate científico, que teve início em 2015, na Universidade da Beira Interior (Portugal), e se reforçou em 2016, na Universidade Federal da Bahia (Brasil). Para o efeito, contou com a participação de investigadores de Ciências Sociais e Humanas de todo o país e de praticamente todas as universidades portuguesas. E também do norte, do centro e do sul do Brasil, sobretudo da Bahia, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. E ainda, de Moçambique: da Universidade Eduardo Modlanne; da Escola Superior de Jornalismo; da Universidade Politécnica; e do Instituto Superior de Artes e Cultura. Também houve cabo-verdianos e angolanos; e investigadores de vários cantos da Europa, sobretudo da Galiza.

O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) aproveitou a iniciativa para apresentar um conjunto de livros (novas edições e reedições), publicados pela Húmus.

O programa social do congresso incluiu também a exibição do filme Peregrinação (2017), de João Botelho, seguida de comentário e debate.

Durante o Congresso foram entregues os prémios de excelência para teses de doutoramento, realizadas na Universidade do Minho (ver, aqui)

Para além destas atividades, foi assinado um acordo de cooperação entre a Universidade Politécnica de Moçambique, o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho e o Ministério da Cultura de Moçambique, representado pela Embaixadora deste país em Portugal, para a realização conjunta de um Congresso sobre “Cultura e Turismo”, a realizar em 2018, na cidade de Maputo.

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Texto: Isabel Macedo