O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho lançou, na passada sexta-feira, o Museu Virtual da Lusofonia (MVL) na plataforma Google Arts & Culture. O evento contou com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Gestora de Políticas Públicas da Google, Helena Martins, e do diretor do Museu Virtual da Lusofonia e do CECS, Moisés de Lemos Martins.
De acordo com o diretor do CECS e do MVL, Moisés de Lemos Martins, este museu concretiza o maior, o mais belo e mais promissor dos seus sonhos académicos. “Tem a alma do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade e, igualmente, a alma de investigadores de todos os países de língua portuguesa, de muitas regiões, como Galiza e Macau e de muitas comunidades que constituem diásporas lusófonas”, acrescenta o professor. Moisés de Lemos Martins refere, ainda, que o MVL “associa instituições culturais e artísticas, empresas ligadas à atividade editorial, assim como à produção de conteúdos audiovisuais, contando com o suporte de organismos centrais dos países de língua portuguesa”. O diretor do CECS anunciou, também, a cooperação entre o Museu Virtual da Lusofonia e o Instituto Camões.
A Gestora de Políticas Públicas da Google, Helena Martins, apresentou a Google Arts & Culture, realçando o alinhamento deste projeto com a estratégia do governo português no sentido de “acelerar a transformação digital do país”. De acordo com Helena Martins, a Google Arts & Culture “tem como objetivo ser um parceiro estratégico para o sector cultural, do ponto de vista da tecnologia, porque a ideia é oferecer diversas ferramentas, produtos e equipamentos de alta tecnologia e inovadores, para ajudar as organizações a preservarem as suas riquezas culturais, mas também a criarem suas experiências culturais online”.
Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho, referiu que a universidade tem uma estratégia de internacionalização própria que não esquece nunca o seu espaço de internacionalização primeiro: o espaço europeu de ensino superior. O reitor da UMinho lembrou, ainda, que tem sido atribuída historicamente, uma enorme relevância às geografias que têm o português como língua oficial.
“A língua portuguesa não é a língua dos portugueses, mas dos que a escolheram como língua”, referiu o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, relativamente às dinâmicas demográfica, histórica e geográfica que fazem do português a terceira língua mais falada no mundo.
Em contexto académico, Augusto Santos Silva realçou a importância da projeção institucional da língua, relembrando que “a língua portuguesa é uma língua oficial da União Europeia, é uma língua de trabalho em várias organizações do sistema das Nações Unidas, é uma das línguas oficiais da União Africana e é uma língua oficial em diferentes organizações regionais”. “Também é muito importante o desenvolvimento da língua portuguesa como uma língua de criação e cultura, o fortalecimento da língua portuguesa como língua de ciência”, acrescenta o ministro, explicando a necessidade de lutar pelo português como língua de ciência.
O Museu Visual da Lusofonia está disponível para acesso aos visitantes e conta com 45 exposições virtuais multimédia, 256 obras de arte, 112 fotografias, 98 programas de rádio, 19 filmes e dois documentários sobre os países de língua portuguesa. A transmissão da cerimónia encontra-se, agora, disponível no canal do YouTube do Museu Virtual da Lusofonia.