O CECS em 2018: intervenção, investigação, publicação e formação

Para o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, 2018 foi um ano deveras exigente. Por um lado, houve que preparar a avaliação da FCT. Por outro lado, durante quatro meses, de janeiro a abril, um conjunto de constrangimentos externos impediu o CECS de fazer qualquer execução de verbas. Com cerca de duzentos investigadores (integrados, doutorandos e colaboradores), a atividade do CECS não deixou, todavia, de se cumprir na amplitude de todas as suas exigências: intervenção, investigação, publicação e formação.

Intervenção: um ano de inícios

Dando seguimento ao seu projeto estratégico, o CECS lançou, em 2018, dois observatórios – o MILObs  e o POLObs -, a plataforma cultural Passeio e o Think Tank – Communitas. O MILObs é um Observatório de Média, Informação e Literacia, que acompanha e monitoriza o que se faz no domínio da educação para os média e o POLObs é um Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura, um projeto que monitoriza a regulação dos média e da cultura e outras ações relativas a estes campos. A Passeio é uma plataforma de arte e cultura urbana que fixa o olhar nas ruas da cidade, da arquitetura e do grafite à publicidade e ao vitrinismo. Por seu turno, o Communitas é uma plataforma de debate que acompanha a agenda do espaço público e é amplamente aberto à comunidade.

Investigação: uma aposta em congressos, seminários e projetos

No que diz respeito à investigação, foi criado o Seminário Permanente de Ciência com e para a Sociedade, tendo sido dada continuidade aos trabalhos dos restantes Seminários Permanentes. Em 2018 estiveram em execução os projetos de investigação “EXCHANGE – Forensic Geneticists and the Transnational Exchange of DNA data in the EU: Engaging Science with Social Control, Citizenship and Democracy”, o “Transmedia literacy: Exploiting transmedia skills and informal learning strategies to improve formal education”, o “P25 – Gestão global e integrada de projetos de industrialização”, o “CreE.A – Construção de um espaço europeu de Mediação para a Inclusão Social”, o “SHARE- Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe”. E deu-se início à parceria com a rede Aga Khan, através do projeto “Memories, cultures and identities: How the past weights on the present-day intercultural relations in Mozambique and Portugal?”. Prontos a começar estão também dois novos projetos, financiados pela FCT: “Audio Repository: building sonic-based memories” e “Festa, património cultural e sustentabilidade comunitária. Investigação e comunicação no caso da Bugiada e Mouriscada de Sobrado”.

O ano de 2018 foi também importante no que diz respeito à organização e participação em congressos. Os investigadores do CECS organizaram, nuns casos, e co-organizaram noutros, os congressos: “Cultura e Turismo” (com a Universidade Politécnica de Moçambique), “Lusocom” (com as associações lusófonas de Ciências da Comunicação), Trial and Error II – Innovation and trends between the classroom and the company” (4ª Conferência do Grupo de Trabalho da ECREA sobre Investigação em Jornalismo e Educação para a Comunicação), “A Europa como espaço de Diálogo Intercultural e de Mediação”, “Contemporary Challenges to Forensic Genetics in Society” e “Portugal na (e no tempo da) Grande Guerra”. O CECS participou também no Congresso IAMCR 2018, no ECREA 2018 e no X Congresso Português de Sociologia.

O ano foi também de anúncios. Em setembro, foi confirmado que o CECS será o responsável pela organização da European Communication Conference 2020, da European Communication Research and Education Association (ECREA).

Publicação: uma diversidade de temáticas

Durante 2018, o CECS editou dois volumes da revista Comunicação e Sociedade, dedicados aos temas Epistemologia e Metodologias em Comunicação e Os Estudos Lusófonos e as Ciências da Comunicação. Foram também publicados dois números da Revista Lusófona de Estudos Culturais, um sobre Texturas sonoras: o lado acústico da cultura e outro sobre Discursos e imagem do turismo cultural.

No que diz respeito às publicações, o CECS publicou também os livros Agenda de Atividades de Transliteracia “Levar os Media para a Escola”, Publi-cidade e comunicação visual urbana, ParticipAD – Participatory advertising: a global perspective with a Latin American focus e os livros de atas Viver em|a mobilidade: rumo a novas culturas de tempo, espaço e distância e Cibercultura, regulação mediática e cooperação.

O CECS publicou também um novo livro de estilo, uma edição atualizada do Manual de Publicações do CECS.

Formação: dos mestrados aos pós-doutoramentos

Em 2018, realizaram-se vinte provas de doutoramento e várias dezenas de provas de mestrados associadas à equipa de investigadores do CECS. Assim como decorreram as Jornadas Doutorais do CECS, as Jornadas do Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura, o seminário do Colégio Doutoral Tordesilhas e outros eventos (Formação Google, Experiência MCC, seminários doutorais e formações, entre outras). Para a realização destas atividades muito contribuiram também os investigadores visitantes que realizaram estágios científicos avançados de doutoramento e pós-Doutoramento.

Por outro lado, deu-se início, em Moçambique, na Universidade de Zambeze, ao programa doutoral Línguas, Culturas e Sociedade. Este doutoramento resulta de uma parceria entre a Universidade de Zambeze e a Universidade do Minho. A disciplina de Comunicação Intercultural é lecionada por investigadores do CECS.

[Publicado a 21-12-2018]