O sucesso da cidade dos 15 minutos está intimamente ligado à sua implementação nas cidades hiperconectadas mais adequadas para adotá-la, mas uma transição urbana sustentável requer lidar com outras formas de urbanização europeia, nomeadamente as extensas áreas periurbanas onde muitas pessoas vivem e trabalham. Nestas áreas, as morfologias e redes espaciais nem sempre estão prontas para receber modelos de cidade dos 15 minutos, e os governos e comunidades nem sempre estão alinhados com os seus princípios. No entanto, intervenções para melhorar a qualidade de vida, proximidade e acessibilidade são urgentemente necessárias.
O InPUT avança nesse esforço, analisando tipos distintos de áreas periurbanas e concebendo configurações específicas para os 15 minutos que se adequem a estes contextos diversos. Para alcançar isso, o projeto vai além de considerar apenas aspetos espaciais (TOD, funções, redes), examinando também aspetos sociais, nomeadamente as capacidades de governança, que influenciam investimentos e prioridades, e aspirações dos habitantes, que determinam quais elementos constituem ‘a sua’ cidade dos 15 minutos e a atratividade das transformações. Com base numa seleção de áreas periurbanas em quatro países, o InPUT estabelece, juntamente com as partes interessadas locais, um catálogo tipológico de arranjos funcionais, redes de mobilidade, dinâmicas de governança e experiências comunitárias. Esse conhecimento é então utilizado para co-conceber visões espaciais adequadas ao local e transformações estratégicas que possibilitem ambientes de 15 minutos. Um terceiro workpackage avalia o desempenho e o potencial destas visões emergentes ao longo das vias fundamentais da cidade dos 15 minutos. O InPUT esclarece como as ideias da cidade dos 15 minutos podem ser estendidas e apoiadas em toda a Europa, promovendo territórios mais justos e coesos.
Investigador responsável (CECS): Pedro Chamusca
Período de financiamento: 1 de janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2026