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A Linguagem, a Verdade e o Poder. Ensaio de Semiótica Social

Moisés de Lemos Martins

2002 | Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

ISBN:9723109476

Moisés de Lemos Martins

2002
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação para a Ciência e a Tecnologia/Ministério da Ciência e da Tecnologia

"O discurso constitui a razão de ser deste ensaio. Coloco a questão da sua natureza, proposicional, performativa e institucional. Interrogo o funcionamento social de alguns dos seus usos, pedagógico, científico, religioso e político. Analiso o modo como a discursividade se conjuga hoje com a racionalidade, designadamente, com a racionalidade pragmática, estética e tecnológica.

Deixei-me, entretanto, conduzir pela ideia de que na ordem do discurso encenamos a verdade para exercer o poder. Acontece, porém, que nunca agimos como queremos, mas sim como podemos, em condições concretas de espaço, tempo e interlocução. A minha interrogação estendeu-se então à sede da produção do sentido. Na experiência relacional do sujeito de comunicação cumpre-se, é essa a minha hipótese, o jogo dialógico do discurso do conhecimento em geral, que também repete ordens, quando supõe afirmar apenas a liberdade."(Moisés de Lemos Martins, Introductory Note)

 

Índice
Prefácio
Introdução: O ensaio, a lição e a atopia do sentido
 
I. O regime do signo e o regime do discurso  
  1. Da Vertigem formalista à virtualização da linguagem
2. A semiótica como teoria da significação
 
II. Representar e significar  
  1. Os nomes e as coisas
2. A ideia de uma physis fenomenológica
3. A lógica da comunicação
 
III. O sentido produzido  
  1. As prerrogativas da escrita
2. Da ideia de acontecimento à ideia de policiamento
 
IV.A racionalidade da linguagem humana  
  1. A enunciação
2. A razão argumentativa
– A retórica antiga
– A argumentação na língua
– Seguir uma regra
– A racionalidade sociológica
 
V. A fixação da crença  
  1. Crer é dizer
2. Crer é fazer
3. O acto de crer
 
VI. O abraço de urso da razão liberal  
  1. A nova racionalidade comunicativa
2. As lágrimas amargas da cultura e da participação nas organizações
 
VII. O envenenamento do olhar nas ciências humanas  
  1. Toda a ciência é discurso
2. Olhar o próprio olhar
 
VIII. A insustentável leveza da retórica pós moderna  
  1. O modo interpretativo da razão
2. O conflito das interpretações
3. A pragmática sociológica
 
Conclusão: A razão comunicativa e a razão política  
  1. Experiência e artifício
2. A civilização da imagem
3. O absolutismo da razão pragmática
 
Bibliografia  
Índice Onomástico