Carla Cerqueira, Sara I. Magalhães, Anabela Santos, Rosa Cabecinhas e Conceição Nogueira (Eds.)
2014 | Braga: CECS
ISBN:978-989-8600-28-8
Enquanto formadores da opinião pública, os meios de comunicação social assumem um papel fundamental na (re)construção de identidades e (inter)subjetividades, pelo que a forma como incorporam as questões relacionadas com a igualdade de género nas suas práticas organizacionais adquire suma importância. A atenção pública nos média (informativos) e na sua relação com as (des)igualdades de género não é recente. Na IV Conferência Mundial sobre a Mulher, aquando da adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim (1995), destacou-se a importância reduzida que as organizações mediáticas atribuíam às questões de género (UN, 1995). No contexto europeu, a Estratégia do Conselho da Europa para a Promoção da Igualdade de Género (2014-2017) incentiva à veiculação de conteúdos jornalísticos que promovam a igualdade de género e à participação equilibrada de mulheres e homens nas organizações mediáticas, nomeadamente em posições de tomada de decisão. Em Portugal, o V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação (2014-2017) contempla os meios de comunicação social como área estratégica, apelando à capacitação das/os profissionais dos média para as questões de género, à monitorização de conteúdos jornalísticos, bem como à promoção da igualdade de género junto dos públicos mediáticos.