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A Revista Lusófona de Estudos Culturais / Lusophone Journal of Cultural Studies (e-ISSN: 2183-0886 | ISSN: 2184-0458) é uma revista temática da área dos Estudos Culturais. Publicada desde 2013 no sistema OJS, esta revista tem um rigoroso sistema de arbitragem científica e é publicada em português e em inglês duas vezes por ano. De 2013 a 2016, foi publicada pela Universidade do Minho e Aveiro, em conjugação com o Programa Doutoral em Estudos Culturais. Em 2017, passou a ser publicada, exclusivamente, pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. O conselho editorial da Revista Lusófona de Estudos Culturais / Lusophone Journal of Cultural Studies integra reputados especialistas dos Estudos Culturais, de diversos pontos do mundo.

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Migrações, Comunicação e Ativismos: Experiências e Debates

Isabel Macedo, Rosa Cabecinhas, Susana de Andrés

Vol. 11 2024 | CECS | UMinho

ISSN:2184-0458

Segundo dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (https://pacnur.org/pt), estima-se que existam aproximadamente 120.000.000 de pessoas em situação de mobilidade forçada no mundo. Estas populações são forçadas a abandonar as suas regiões de origem devido a situações de violência, conflitos armados, perseguições, violações sistemáticas dos direitos humanos e/ou em resposta aos impactos das alterações climáticas. (…)

No discurso mediático e político, as expressões “imigrantes”, “minorias étnicas”, “raças” aparecem frequentemente associadas, remetendo para o entendimento de “imigrante” como alguém que difere da “norma” em termos raciais e culturais. Quando a cor de pele não é explicitada como critério de demarcação, ela é operacionalizada através de imagens, reforçando implicitamente processos de racialização. Além disso, nem todas as pessoas estrangeiras são vistas como “imigrantes” e nem todas as pessoas nacionais são consideradas como “cidadãs”. (…)

Se, durante algum tempo, algumas de nós vivemos a ilusão de viver num mundo pós-colonial ou pós-imperial, o modo como as migrações têm sido reportadas pela agenda mediática tende a obliterar os processos históricos e as desigualdades que o colonialismo e o imperialismo instauraram, assim como a complexidade dos aspetos políticos e ambientais.