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Os estaleiros navais e a sociedade vianense / Viana Shipyard and the vianese society

Moisés de Lemos Martins & Gonçalo F. Meira

2004 | Viana do Castelo: GDCultural dos Trabalhadores dos ENVC

Moisés de Lemos Martins & Gonçalo F. Meira

2004
Viana do Castelo: Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo

“(…) Mas não foi menos empolgante nos Estaleiros a história-feita-corpo de uma escola para a vida. Nos seus sessenta anos de existência, o mais importante desafio humano que os trabalhadores dos Estaleiros não deixaram nunca de vencer foi essa escola de vida – uma escola cívica, de afirmação de uma cidadania plena. E tanto o venceram com garraiadas que encheram a praça de touros, como o venceram a promover o teatro e a organizar exposições de mostras culturais. Venceram-no, ainda, conspirando a liberdade num país com grades. E continuaram a vencê-lo, sempre, batendo-se pela democracia interna da empresa, apoiando uma cooperativa de pesca artesanal, promovendo uma cooperativa de habitação, que em três fases distintas, de 1977 a 1991, levantou três urbanizações, num total de 538 habitações.
Sonho de caravelas, que embalou Viana, e com o qual ela ainda sonha, os Estaleiros Navais da foz do Lima permanecem o sonho cívico em que a cidade sempre se reviu e em que ainda hoje se cumpre.” (Moisés Lemos Martins, Introductory Note –Um sonho de caravelas na foz do Lima, portuguese version)

However, the live history of a school for life was not less exciting. During its sixty years of existence, the most important human challenge Shipyard workers have never failed to overcome was that school for life – a civic school that granted the certainty of full citizenship. They overcame the challenge with veal-fights that filled the bullring, as they did it by promoting theatre and organising cultural sample exhibitions. Yet, they did it by conspiring for freedom in a confined country. And they went on overcoming it all the time, fighting for internal democracy in the Company, assisting an artisan fishing cooperative, promoting a dwelling cooperative which erected three urban complexes in three different phases for a total of 538 homes between 1977 and 1991. A dream of caravels, which soothed Viana and Viana still dreams of, the Shipyard at the Lima mouth remains as the civic dream where town has always reflected and still accomplishes itself. (Moisés Lemos Martins, Introductory Note – A dream of caravels at the Lima river mouth, english version)

Índice

UM SONHO DE CARAVELAS NA FOZ DO LIMA
A DREAM OF CARAVELS AT THE LIMA RIVER MOUTH

0 MAR COMO DESTINO, NO AMOR À CIDADE
SEA AS A DESTINY, FOR TOWN‘S SAKE
10

A REALIZAÇÃO DE UM SONHO
ACHIEVEMENT OF THE DREAM

0 MAR COMO DESÍGNIO
SEA AS A SCOPE
20
UMA REGIÃO CARECIDA DE RIQUEZA
A REGION IN NEED OF WEALTH
34
OS ENVC COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO
ENVC AS A DEVELOPMENT AGENT
40
0 PRODUTO DO TRABALHO
THE RESULTS OF WORK
52
UM PROJECTO QUE VACILA
AN UNSTEADY PROJECT
UM EMPREENDIMENTO QUE SE AFIRMA
A CONSOLIDATING UNDERTAKING
70
NA ROTA DA MARINHA DE GUERRA E DA INTERNACIONALIZAÇÃO
ON THE ROUTE OF WAR NAVYAND INTERNATIONALISATION
76
PARA ALÉM DO TRABALHO
AFTER WORK TIME
90
UM PROJECTO COM AMBIÇÃO
AN AMBITIOUS PROJECT
94

REVOLUÇÃO NA EMPRESA E NA SOCIEDADE
COMPANY AND SOCIETY REVOLUTIONS

106
EXPANSÃO E CONQUISTA DE NOVOS MERCADOS
EXPANSION AND CONQUEST OF NEW MARKETS
114
UMA EMPRESA ABERTA À SOCIEDADE
A COMPANY ALERT TO SOCIETY
130
0 SOCIAL COMO PRIORIDADE
SOCIAL CONCERN, A PRIORITY
136
DO MERCADO DE LESTE PARA 0 MERCADO ALEMÃO
FROM EASTERN – TO GERMAN MARKET
140
DE NOVO COM A MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA
WITH THE PORTUGUESE WAR NAVY AGAIN
144
CONFIANÇA NO FUTURO
FAITH IN FUTURE
148