Bernardo Pinto de Almeida
1996 | Lisboa: Assírio & Alvim
ISBN:978-972-3704-075
Bernardo Pinto de Almeida
1996
Lisboa: Assírio & Alvim
“(…) O projecto assumidamente formalista de interpretação que guiou a presente investigação situa-se num plano heurístico de difícil comprovação. De certo modo aquilo que tentei foi elaborar um modelo estrutural que permitisse justificar a relação que me parece altamente relevante e produtiva entre o retraimento do espaço pictural e a progressiva reconquista da bidimensionalidade na arte do ocidente, numa perspectiva que toma da história da arte os exemplos que, embora diacronicamente afastados, se religam através de relações ocorrendo no plano de uma estrutura adiante designada como correspondendo a um corte epistemológico vertical.
Por outro lado foi minha intenção estabelecer as coordenadas que permitem entender em que medida essa modificação não rupturante, diacrónica e descontínua, altera o lugar relativo do espectador face à obra de arte. Assim, tentei procurar nessa modificação uma das raízes plausíveis que ajudam a compreender alguns dos problemas com que se debateu a arte moderna e com que se debate ainda a arte contemporânea, sempre que ensaia interrogar o estatuto da representação, mesmo quando os seus termos não se limitam a modos de expressão figurativos.(…)” (Bernardo Pinto de Almeida, Introductory Note)
Índice
Introdução |
13
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I. O PLANO DE IMAGEM | |
Capítulo I. Considerações gerais: História da Arte, crítica e reflexão estética |
21
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Capítulo II. O Plano da Imagem |
35
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Capítulo III. A discursividade dos Objectos de Arte: noções epistemológicas |
45
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II. VELÁZQUEZ E A MODIFICAÇÃO DO ESPAÇO DO QUADRO |
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Capítulo IV. O Teatro do Mundo |
59
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Capítulo V. O tempo da representação |
75
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Capítulo VI. O Quadro como Palco |
85
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III. DE VELÁZQUEZ A MANET |
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Capítulo VII. O retraimento do espaço pictural |
93
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Capítulo VIII. A Objectividade, a Vitrina e a Indiferença |
107
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IV. MANET E A MODERNIDADE |
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Capítulo IX. Bonjour M. Manet |
121
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Capítulo X. Os inícios de Manet |
133
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Capítulo XI. Manet et Manebit |
141
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Capítulo XII. Manet, pintor da vida moderna |
149
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Capítulo XIII. Manet e a fotografia |
177
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V. CÉZANNE |
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Capítulo XIV. A matéria do mundo |
191
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VI. DUCHAMP, O TRANSPARENTE |
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Capítulo XV. A transparência posta a nu |
217
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Capítulo XVI. O Ready Made como paradigma do museu |
233
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Bibliografia |
243
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