Moisés de Lemos Martins, Maria da Luz Correia, Paulo Bernardo Vaz & Elton Antunes
2017 | Appris Editora
ISBN:978-85-473-0895-7
“É a morte como acontecimento mediático e cultural que constitui o objeto de análise de duas equipes de investigação, uma da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte, Brasil), outra da Universidade do Minho (Braga, Portugal), que desde 2004 têm se reunido no âmbito do projeto FCT/Capes, aprovado com a designação “O fluxo e morte: desafios teórico-metodológicos acerca do acontecimento mediático”. Tem sido uma tarefa dessa equipe analisar narrativas sobre a morte e as suas vítimas, o que quer dizer interrogar os modos como a morte é colocada em discurso, os modos como ela é contada, seja na imprensa escrita e audiovisual e na literatura, seja na fotografia, na moda, na publicidade, no turismo, no cinema e na Internet.
A melhor resposta que podemos dar à pergunta sobre as razões pelas quais colocamos a morte em discurso talvez advenha do facto de ela fazer parte da nossa experiência, preocupando-nos e assustando-nos. Colocá-la em discurso constitui, sem dúvida, um modo de controlá-la e regular, de exorcizá-la e esconjurar, e no limite, de vencê-la”. [Moisés de Lemos Martins, da nota de apresentação]