“A rádio e a televisão públicas no ecosistema mediático da Internet” no próximo seminário doutoral

“A rádio e a televisão públicas no ecosistema mediático da Internet” é o tema do próximo seminário doutoral de Ciências da Comunicação e Estudos Culturais que decorre no dia 3 de maio, pelas 10h00, no auditório de Engenharia II.

O seminário conta com a participação de Francisco Campos-Freire, do Grupo de Investigação Novos Meios, da Universidade de Santiago de Compostela. Catedrático de Jornalismo e professor da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de Santiago de Compostela, Francisco Campos-Freire é também professor honorário da Universidade Técnica Particular de Loja de Ecuador. Trabalhou 25 anos como jornalista sendo Delegado en Lugo do periódico regional La Voz de Galicia, director e subdirector do jornal La Región de Ourense, gerente da Agencia Galega de Noticias, Director geral da Companhía de Radio Televisión de Galicia e presidente da Federación de Organismos de Radio Televisión Autonómicos (FORTA) de España. Lidera varios projetos de estudo sobre as radiotelevisões públicas e tem publicado diversos livros de investigação e perto de uma centena de artigos científicos. As suas linhas de investigação são sobre o serviço audiovisual público na Europa, a gestão das empresas informativas, regulação, governança e financiamento dos meios de comunicação, redes sociais digitais e inovações nas organizações mediáticas.

Da parte da tarde, os trabalhos prosseguem com o workshop sobre “Etnografia: modo de usar”. Com início marcado para as 14h30, na Sala de Atos do ICS, este workshop será ministrado pelo investigador Luís Cunha.

A associação imediata da antropologia a uma técnica de pesquisa – trabalho de campo com observação participante – deve ser lida a partir de, pelo menos, duas dimensões. Por um lado, do ponto de vista do investigador, como um desafio – que de um certo ponto de vista foi também uma limitação. Por outro lado, na configuração mais ampla das ciências sociais, como uma marca suficientemente forte para contaminar a abordagem metodológica de outras disciplinas. A espessura temporal, considerada desde a «antropologia clássica» até ao presente, ajuda a perceber estas dimensões, mas também a perspetivar a relevância das abordagens etnográficas nas investigações que agora se iniciam.

Luís Cunha é licenciado em Antropologia Social (ISCTE) e doutorado em Antropologia pela Universidade do Minho. Investigador integrado do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), tem orientado o seu trabalho para duas áreas distintas, ainda que contíguas. Por um lado, a abordagem das identidades nacionais e por outro para a memória social.

[Publicado: 29-04-2019]