André Santoro, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo, Brasil) e investigador visitante no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, será o orador do próximo seminário MILObs. No dia 13 de janeiro, pelas 14h30, na sala de atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, o autor irá dinamizar uma sessão intitulada “Atores da literacia mediática no Brasil: levantamento preliminar”.
De acordo com a sinopse disponibilizada por André Santoro, “o Brasil é, hoje, um dos países mais afetados pela onda global da desinformação – intensificada sobremaneira pelas redes sociais e pelas apps de mensagens. O cenário político nacional dos últimos anos também teve papel de destaque nesse fenômeno: desde o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, em 2016, setores da extrema-direita se aproveitaram das ferramentas digitais para disseminar fake news que ajudaram a consolidar um projeto de poder que alcançou seu auge na eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, e foi interrompido – mas não totalmente estancado – pelas eleições de 2022. Nesse contexto, a educação para os media adquire papel estratégico, mas sua aplicação ainda é bastante tímida”.
Neste sentido, para André Santoro, “este seminário tem o objetivo de apresentar um levantamento preliminar dos principais atores envolvidos na literacia mediática no Brasil. O ponto de partida para a definição das categorias dos atores é a obra Educação para os media em Portugal: experiências, actores e contextos (2011), de Manuel Pinto (coord.), Sara Pereira, Luís Pereira e Tiago Dias Ferreira. Sem desconsiderar as idiossincrasias brasileiras, que resultam até mesmo na impossibilidade de utilização de todas as categorias propostas, a base de classificação tem os seguintes itens: a) Associações; b) Bibliotecas; c) Empresas; d) Ensino Superior; e) Escolas/Agrupamentos dos ensinos Básico e Secundário; f) Governo; g) Instituições Públicas; h) Media; i) Organizações Internacionais; j) Provedores; k) Outros – conforme indicado na p. 77 da obra supracitada”.
A entrada é livre.