O encontro é de investigadores da imagem em movimento, mas começou com uma mesa redonda que chamou a atenção para o valor significativo do som. Miguel van der Kellen, Martin Dale e Pedro Neves conversaram com Pedro Portela, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, no dia 10, sobre o papel da dimensão sonora na narrativa audiovisual. Para o realizador Pedro Neves, “o som revela a atmosfera… uma atmosfera que a imagem não consegue captar”. Já Miguel van der Kellen reconheceu que “um dos momentos mais bonitos para um sonoplasta é quando consegue construir uma imagem”.
À noite deste dia pré-congresso, o programa do VII Encontro da AIM convidou os participantes a ver o filme “Tarrafal”, um documentário sobre o bairro de S. João de Deus do Porto. No espaço da associação TOCA no BragaShopping mostrou-se um “rasto de ruínas que convoca as memórias sobre a identidade do bairro, mesmo que a sua decadência social e humana tenha sido demasiado devastadora”.
Nos dias seguintes (11, 12 e 13 de maio), para além de uma centena e meia de comunicações, o programa científico cumpriu-se com as intervenções plenárias de Catherine Grant, professora e investigadora de estudos fílmicos na University of Sussex (Reino Unido), Ernest W. Adams, game designer e professor na University of Uppsala (Suécia) e Kim Akass, da School of Creative Arts da University of Hertfordshire (Reino Unido). Organizado pelo CECS e pela AIM (Associação de Investigadores da Imagem em Movimento), este encontro pôs em perspetiva a cultura visual que se estende do cinema aos videojogos.
Madalena Oliveira (texto)/ Madalena Oliveira & Luís António Santos (fotos)